sábado, 5 de dezembro de 2009

Férias e a Atividade Blogueira

Diante de tantos trabalhos e compromissos acadêmicos, escrever no nosso estupendo Blog foi uma atividade escassa. Não que os trabalhos da UNESP sejam difíceis e trabalhosos, nada disso. O que conta de verdade é a falta de organização dos moderadores, e o ganha pão, que ocupa grande parte da importância e do tempo dos esforçados blogueiros. Perante essas dificuldades, os trabalhos acadêmicos ganham prioridade em nossas vidas (a falta de organização anteriormente citada é exatamente deixar os trabalhos pra ultima hora, e daí não ter tempo pra mais nada quando chega o fim do semestre). Mas creio que durante esse pequeno período de férias (três meses), conseguiremos escrever acerca de relevantes temas, como por exemplo, o Campeonato Brasileiro de bolinha de gude, a caça de ET's que vivem como humanos e a configuração do próximo Windows. Ficarei por aqui com esse pequeno texto, pois tenho que estudar pra prova de Teoria da História II.

Bruno Machado "Animal" é graduando em História pela UNESP - Franca.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

IMAGEM MODERNA DA CIÊNCIA


Essa idéia de ciência que temos hoje tem sua origem entre a metade do século XVI e o fim do século XVIII. Essa concepção esteve ausente das grandes culturas do Oriente, da antigüidade clássica e da escolástica medieval. É certo, porém, que desde a pré-história há uma interação do homem com a natureza e uma conseqüente tentativa de equilíbrio e controle entre ambos. Nesta comparação verificamos uma mudança na imagem da ciência que segundo Paolo Rossi¹: “ganhava corpo não só uma nova consideração do trabalho manual e da função cultural das artes mecânicas, mas também se firmava a imagem da ciência como construção progressiva e como resultado de contribuições individuais que se colocam uma após outra no tempo, segundo uma perfeição cada vez maior” (pg. 50).


Podemos verificar também, na exposição do mesmo autor, uma mudança mais profunda em relação aos séculos anteriores, uma vez que a erudição era voltada para a religião e a teoria para a abstração sendo um conhecimento para poucos não chegando ao homem prático. Surge agora uma distinção entre conhecimento prático e o teórico tendo o teórico uma finalidade de aplicabilidade na vida do homem. Desta forma, Rossi coloca que “os métodos, as categorias, as instituições da ciência moderna foram construídos em alternativa a uma visão mágico-hermética do mundo que era, naqueles séculos, não um folclore, mas um fato de cultura”. E continua, “os modernos acolheram uma idéia central: o saber não é apenas contemplação da verdade, mas também potência, domínio sobre a natureza, tentativa de prolongar sua obra para submetê-la às necessidades e às aspirações do homem” (pg. 48).


Neste sentido, o autor estabelece uma relação entre a imagem de ciência moderna e a formação de idéia de progresso que implica, segundo ele, na “convicção de que o saber científico é algo que aumenta e cresce... a convicção de que esse processo jamais é completo... enfim, a convicção de que uma tradição científica tem características específicas, no qual se inserem as contribuições individuais” (pg.49).


No entanto, a idéia de progresso não é periférica, mas sim inerente à imagem moderna de ciência uma vez que a idéia de um crescimento acompanha variados programas científicos.


A idéia de progresso vai se contrapor em dois fatos: a recusa do caráter secreto e iniciático da ciência e o abandono do mito de uma áurea e originária sapiência perdidas nas trevas do passado. A primeira é realizada em nome de um ideal laico e democrático do saber. A segunda e realizada em nome de uma idéia da história como evolução, como lenta passagem da rusticidade de uma primitiva barbárie para as ordens civis e a vida social. Esse ideal de progresso se contrapõe a uma distinção, que é típica do hermetismo, entre a multidão simples dos ignorantes e os poucos eleitos em condições de colher à verdade através do intelecto, no qual se apresenta fortemente na linguagem da alquimia e da magia em que o saber ficava fechado entre os eruditos e não chegava ao povo, ou seja, havia uma distinção entre a teoria e o conhecimento prático sendo que a teoria era voltada para abstração e não chegava ao homem prático. Assim coloca Rossi que “a batalha em favor de uma saber universal, compreensível a todos porque por todos comunicáveis e por todos construível, já no curso do século XVII estava destinada a passar do plano das idéias e dos projetos dos intelectuais para o das instituições civis”, e conclui “o mito da idade do ouro e de uma originária bondade dos homens, tinha raízes antigas e estava destinado a prolongar-se no tempo. Por isso, deve-se destacar a importância da recusa desse mito nos autores as quais habitualmente se reserva um lugar não secundário na história da idéia de progresso”.


Portanto, as idéias de desenvolvimento e crescimento se foram transformando numa verdadeira e própria teoria no qual se estabelecia “a noção de perfectibilidade do homem e de sua natureza alterável e modificável, segundo Rossi, e a idéia de uma história unitária ou universal do gênero humano; os discursos sobre a passagem da barbárie à civilização, sobretudo a afirmação de constantes ou de leis operando no processo histórico. De qualquer forma, como foi exposto por Rossi ao longo de sua obra ouve um grande contraponto entre as idéias de progresso e a tradição hermética, procurava-se, dessa forma, exaltar e estabelecer uma consciência de progresso na época moderna, progresso esse que era fruto de uma acumulação de experiências passadas de um evolucionismo que vinha se desempenhando ao longo do tempo”.


¹ Rossi, Paolo. Sobre as origens da idéia de progresso. Naufrágios sem espectador. A idéia de progresso. São Paulo: Ed. Unesp.


Mateus Roberto Sposito Malvestio

Trabalho elaborado no 4º semestre do curso de História

(UNESP-Franca), pela disciplina de História Moderna.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Ser um sem-valor


Sou mesmo um sem-valores.


Defendo idéias e conceitos que qualquer um os derruba. Não tem nada a ver com política não, é sobre vida mesmo. Estava assistindo televisão há alguns domingos atrás (martírio, juro que não é costumeiro) e, de repente ouvi daquele monte de gorduras boçal e fútil do Faustão, da Globo, e ele todo zeloso e cheio de média com os artistas, gritou do fundo de sua alma gorda e rouca: "- Vamos receber o maior poeta vivo do Brasil".


Pronto. Fiquei na expectativa: "quem será?" Algum erudito em fim de carreira indo ao Leão? Ou algum poeta de 2,15 m.? Aí seria o maior. Achei que fosse até um Zé Ruela qualquer que já lançou 50.000 poemas de mesa de bar, mas mesmo assim seria o maior. Será que "esse maior" está em maus bocados e necessitando de um transplante de órgãos e foi pedir, sei lá, uma ajuda, uma rifa? Mas enfim, fiquei ressabiado. Mesmo porque o artista, seja qual for sua forma de expressão, rege-se em seu primeiro mandamento, criar e morrer de fome, embora ache que alguns não leram a cartilha.


Bom, imaginei o Chico ou o Suassuna entrando todo pomposo, mas mantive os pés no chão, afinal tratava-se de um programa de pagodeiros, noveleiros e um apresentador bonachão...


"- E com vocês, o maior poeta vivo do Brasil! Zezé de Camargooooo e Lucianooooo!!!"

Olhei fixamente à caixa mágica e fiquei estupefato, desrespeitado, não que eu seja erudito ou entendido, mas sou um ignorante lúcido, sei que aquilo era mentira. De supetão peguei o controle e mudei de canal com toda a raiva, isso mesmo. Fiquei então torcendo para a ansiã no "Topa ou não topa"...


Sou um sem-valores mesmo!



Alisson Lucas Romualdo.

Graduando em História - UNESP-Franca

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

O discurso é um discurso, é um discurso, é um discurso…


Caros amigos, a infâmia da hermenêutica prosopopéica ambiciona, anexo à exequibilidade, a uma condição histórico hegeliana inadvertidamente consciente de que o peito do pé do Pedro seria de fato verde, haja vista a condição humana pré-concebida na aromática arentiana supre-considerada pelos jovens kantianos, indiferentes à questões pré-cabralinas.

O que de fato sacraliza a posição heterogênea, marcadamente jazzística e permeada pela conotação clássica-popular, já antevista na poesia de Praxímenes da Antuérpia, é de se admirar pela congruência satírica de Petrônio, o Breve.

De tantas idas e vindas, pode-se afirmar que os axiomas globais, parafraseados pela metonímia local indexada à estratosfera interna dos aquíferos, pode supor uma fragmentacionalização humano-arquétipa construída sob a égide romano-ocidental-racional-greco-cultural-moral-ética-espacial-capital-espacial-local-global.

Concordas?









Eliton Almeida da Silva.

Graduando em História - UNESP-Franca.