Sou mesmo um sem-valores.
Defendo idéias e conceitos que qualquer um os derruba. Não tem nada a ver com política não, é sobre vida mesmo. Estava assistindo televisão há alguns domingos atrás (martírio, juro que não é costumeiro) e, de repente ouvi daquele monte de gorduras boçal e fútil do Faustão, da Globo, e ele todo zeloso e cheio de média com os artistas, gritou do fundo de sua alma gorda e rouca: "- Vamos receber o maior poeta vivo do Brasil".
Pronto. Fiquei na expectativa: "quem será?" Algum erudito em fim de carreira indo ao Leão? Ou algum poeta de
Bom, imaginei o Chico ou o Suassuna entrando todo pomposo, mas mantive os pés no chão, afinal tratava-se de um programa de pagodeiros, noveleiros e um apresentador bonachão...
"- E com vocês, o maior poeta vivo do Brasil! Zezé de Camargooooo e Lucianooooo!!!"
Olhei fixamente à caixa mágica e fiquei estupefato, desrespeitado, não que eu seja erudito ou entendido, mas sou um ignorante lúcido, sei que aquilo era mentira. De supetão peguei o controle e mudei de canal com toda a raiva, isso mesmo. Fiquei então torcendo para a ansiã no "Topa ou não topa"...
Sou um sem-valores mesmo!
Alisson Lucas Romualdo.
Graduando em História - UNESP-Franca